Dentro da programação na Semana de Inovação Aeroespacial, no dia 16 de novembro de 2020 o SC2C.Aero promoveu um workshop online com o objetivo de discutir como o setor do agronegócio pode se beneficiar das tecnologias baseadas em satélites e o cenário dessas tecnologias no Brasil e EUA.
O evento começou com a discussão do tema, “Do espaço ao campo: como as tecnologias aeroespaciais podem impactar o agronegócio”, tendo como moderador o Diretor de Governança do Setor Espacial da Agência Espacial Brasileira (AEB), Cristiano Trein. Os debatedores nessa primeira discussão foram o CEO da Agrize, Igor Luduwichack, o CEO da Agrosatélite, Joel Risso e o Presidente da Cooperja, Vanir Zanatta. Esse bate papo foi primordial para mostrar o quanto o pequeno, médio e grande produtor pode se beneficiar das tecnologias existentes no setor aeroespacial como forma de facilitar seu trabalho no dia a dia, seja na lavoura, pecuária ou piscicultura, e enquanto as novas tecnologias podem resultar em ganho econômico, comparadas com os instrumentos ainda utilizados.
No segundo momento, tivemos o debate sobre “Satélites brasileiros: por que continuar desenvolvendo?”, com a moderação de André Pierre Matei, CCO da Orbital Engenharia. Como convidados tivemos Gustavo Gargioni, pesquisador da Universidade Tecnológica da Virgínia, nos EUA, que trouxe sua experiência internacional no setor espacial, João Paulo Campos, CEO da Visiona, com seu olhar empresarial, e a professora Marcia Mantelli do Departamento de Engenharia Mecânica da UFSC, mostrando a visão da academia diante do tema apresentado. A concordância foi unânime da importância da continuidade em desenvolver tecnologias de satélites no Brasil, tanto para criar tecnologia nacional, quanto para formar os recursos humanos necessários para o setor. Os debatedores citaram o desenvolvimento da constelação Catarina de CubeSats, uma iniciativa do Estado de Santa Catarina com a AEB, apoiada por diversos parceiros públicos e privados, como um importante desenvolvimento viabilizador de tecnologias e serviços para os setores beneficiados, como o agronegócio, energia, meio ambiente e defesa civil. O debate com o público presente online consolidou as percepções sobre o grande potencial e urgência no desenvolvimento de ações no setor aeroespacial, que resultem em impactos importantes e duradouros no setor produtivo e na sociedade.
